Madeira: Vaidosismo

Depois de um auto da fé, desdigo e contradigo tudo o que disse, na altura, em praça pública e agora imbuído de  enorme vaidade, de peito bem cheio, nada melhor que deixar umas fotos de um vinho enorme. Só para fazer pirraça. Maldita língua solta que sofre do síndrome: falar com o coração na boca.


O rótulo rasgado, naturalmente, dá-lhe um ar de velho, quase relíquia, tornando o momento, sei lá, mais enigmático.


A cor era extraordinariamente brilhante e sedutora. Anestesiante e hiptonizante. Olhem bem. Fixem e retenham-se, por alguns momentos. Bonita, não é?



Do outro lado, da mesma garrafa, a casta e o ano surgem marcados simplesmente a tinta. O prosaísmo remete-nos para qualquer coisa do século XIX, tal é a nudez de menções, de alegorias. Caramba, parece vinho de pirata ou, por que ele merece, vinho de oficial de uma marinha de guerra qualquer.

Comentários

momenta disse…
Depois da paixão por Vinho do Porto (especialmente tawnies e colheitas), estou a ser conquistado pelos Madeira e o seu grande carácter. O final do seu post fez-me lembrar uma cena de um filme do Errol FLynn, penso que chamado Gavião dos Mares, em que o actor fazia de capitão do navio (pirata?) e dizia que nenhum vinho superava um bom Madeira. Não sei se é coincidência ou se também tinha esta cena em mente.
Ricardo
Pingus Vinicus disse…
Olá Ricardo, é mesmo essa a sensação com que se fica. E as suas palavras fizeram-me recordar o Héroi de Capa e Espada Errol Flynn :)
Um abraço
Caríssimo,
Que cor belíssima! Realmente, hipnotizante (assim como os provocativos rótulos de Touriga Nacional ao fundo...rs).
Abraços,
Flavio
Pingus Vinicus disse…
E viciante ;)
Abraço