Terra Larga

As palavras que surgem pela frente são decididamente: assombro e admiração. Um vinho que que conheci, simplesmente, por causa das redes sociais, tal era o desconhecimento que possuía de tamanho objecto, acabando por cair sobre ele uma espécie de áurea de produto de culto.


Trata-se de um velho branco Ribatejano, da colheita de 1999, que combina o Arinto, o Fernão Pires e a Trincadeira das Pratas. Um lote bem português, sem qualquer tique estrangeirado.


A combinar com os excelentes petiscos do Solar dos Pintor.
Cor linda, apaixonante, que prende o olhar de um homem qualquer, ficando hipnotizado ou agarrado tal viciado. Com cheiros e sabores bem amadurecidos pela idade. Vinho para interpretar, desfrutar e sonhar. E por muita volta que dê ao (meu) texto, as palavras estão a sair forçadas e pouco dignas. Custoso.


Foi vinho que desapareceu num ápice, com uma velocidade estonteante, que se houvesse mais, bem mais, seria bebido sem qualquer constrangimento. E é simplesmente, como puderam reparar, vinho nacional e desconhecido. Apraz-me dizer em jeito de saudação: Que viva Portugal!

Comentários

Anónimo disse…
Belo Post!
ACP
momenta disse…
Fiquei com uma curiosidade atroz!
Pingus Vinicus disse…
momenta percebo essa sensação, mas temo que este vinho seja muito difícil de encontrar, muito mesmo.
enófilo militante disse…
O Terra Larga 1999 é uma grande surpresa. Provei-o no Peixe em Lisboa e disso dei fé numa crónica publicada na altura. Gostei de conversar com o enólogo, Tomaz Vieira da Cruz.