Revista de Vinhos fez um Lifting!

Peguei à pouco tempo na nova Revista de Vinhos. Agora vem com outra imagem. Vestiram-lhe novas peças de roupa, calçaram-lhe novos sapatos, mudaram-lhe o penteado e, em alguns pontos do corpo, esticaram-lhe a pele. A idade não perdoa.

Sou franco, gostava mais da coerência que antigamente demonstrava. Era mais sóbria, era mais madura. Agora dá a ideia que é uma velha senhora, que apesar de respeitável, vestiu uma amálgama de peças de vestuário que, aparentemente, não parecem combinar muito bem entre elas.
Não gosto de ver os rótulos encavalitados uns em cima dos outros, na secção das Novidades. Depois, e demasiado irritante, é por cada página de texto produzido pela revista, existe uma página com anúncios. Torna-se cansativo, o esforço é maior, ter que dobrar sempre mais uma página para continuar a ler. A necessidade de guito faz estas coisas. Bem sei!

No passado fui acusado, e muito bem, de usar em excesso fontes nos meus textos. Parece que a Revista de Vinhos que não se cansa de bradar aos céus o seu profissionalismo e que, em tempos, um dos seus maiores responsáveis chegou a bater nos WineBloggers Portugueses por causa da inoperância que demonstravam, acabou por cair em exageros gráficos cometidos por alguns de nós. Não conseguiu aprender com os comentários que iam surgindo do outro lado do mundo. Sim, o mundo não acaba lá na RV.
Agora colocaram em papel os best sellers das diversas participações do Fórum da RV. Não percebi a ideia, desculpem-me, e não vejo qual é a vantagem. Parece-me haver sobreposições de funções. Ou se é digital ou se é papel.

Criaram uma nova rubrica, um espaço como queiram, em que dão hipótese ao leitor anónimo de ser, por breves momentos, um Crítico. Para confundir, ainda mais, esta nova secção está colada ao Correio do Leitor, ficando a ideia que nem eles, os da RV, sabem muito bem o que pretendem com este novo espaço, porque já no Correio de Leitor apareciam textos em o enfoque eram experiências de enófilos. Ao escreverem para lá, pensem muito bem o papel que querem interpretar: se o de leitor ou de crítico.

Luis Lopes, no seu novo Edito, diz que a RV não é uma revista de fotografia, pode não ser, mas arrisca-se a ser, simplesmente, uma revista de publicidade.

Comentários

AJS disse…
Caro Pingus
Não é curioso ninguém fazer nenhum comentário a este tu artigo? Também eu gostava mais das edições anteriores, mas acontece sempre que estamos habituados a alguma coisa e quando se altera estrahamos. Compreendo no entanto que nos dias de hoje é im,portante mudar alguma coisa para tudo ficar na mesma. Ou não.
At´alguns vinhos de renome mudam a roupagem. Vamos esperar para ver no que vai dar.AJS
Pingas no Copo disse…
Caro AJS, nem sei o que te dizer. naturalmente podemos depreender que o assunto não tem qualquer interesse.

Um abraço
Rui
Rui Pereira disse…
Monsieur Massa,
Mais comentários não posso fazer pois já os fiz no devido local. Detesto. Vou deixar de comprar (por várias razões onde esta se inclui). Renego totalmente a publicidade e aqui é um exagero. Nem na TV vejo anúncios.
Kroniketas disse…
Pronto, eu comento. Já o fiz no forum da RV e já enviei um mail ao director. O resultado, graficamente, é um desastre. Para além de todos os defeitos apontados pelo Pingus, para mim o pior de todos é mesmo a nova tipologia de letra, que nos títulos, então, é praticamente ilegível. Andaram um ano a fazer estudos de remodelação para sairem com "isto"? Será que eles próprios já olharam bem para aquele resultado em termos gráficos? Título com minúsculas em tamanho de maiúsculas, com as letras encavalitadas umas nas outras tornando-se quase ilegíveis?
Também eu, se isto não mudar, deixarei de ser leitor da RV. Não vou deixar de comprar porque sou assinante, mas posso sempre cancelar a minha assinatura. Eles que se ponham a pau porque estão a arriscar-se a perder leitores.