Quinta de Macedos (Douro), quem o atura?

Em abstracto é um vinho que não devia de gostar. Na prática continua a ser um vinho que gosto (muito). Razões? Nenhumas ou muito poucas. Dificilmente justificáveis. Ele é bruto, ele é intratável, arrogante.

Mas aquele carácter, a personalidade vincada que não facilita, faz-nos pensar. Vinho difícil, complicado, pouco educado, rude e monolítico. Seco, ácido, com aromas e sabores confusos. Robusto, quase violento. Passados 10 anos, continua a manifestar comportamentos tingidos de juventude, revelando que o fim está muito longe. Sem rugas. Nota Pessoal: 17

Comentários

Arnaud disse…
Ola Pingus,

Provei pela primeira vez o 2001 no inicio de 2010, e achei semelhante à tua descrição: muito LBV no nariz, com fruta muito madura e mato seco. A boca vai em sentido contrário, seco, duro, acidez bem presente. É verdadeiramente pouco educado e pouco elegante! Mas confesso que gostei bastante, embora precisasse ainda de algum polimento. Fiquei é com a dúvida se vai algum dia resolver os taninos secos. Algum palpite?

Arnaud
Pingas no Copo disse…
Olá Arnaud, como tens andado?
De facto este vinho é um misto de amor-ódio que não se consegue explicar.
Tem quase tudo para não gostar dele, mas acontece-me o inverso.

Perguntas se alguma vez ele vai resolver a questão do polimento. Eu acredito que vai continuar assim sempre.

Um forte abraço
Pedro Moreira disse…
Rui,
Sou grande fã dos vinhos desta casa, que há muito acompanho, de tal modo que passei férias este ano na quinta... É de facto um vinho com perfil rústico, químico e austero, no entanto o 2005 já foge um pouco desta linha, com taninos mais polidos, digamos que apresenta um estilo mais "comercial". Ficas desde já convidado para uma vertical de Macedos a realizar brevemente! Abraço
Pingas no Copo disse…
Olá Pedro, fica já aceite o convite aceite.

Abraço