No meio das chamas, havia Paraíso.

Estava o redor em fogo. Por todos os lados, surgiam exponencialmente chamas. A paisagem verde que palpitava naquelas bandas ardia (ardeu) vorazmente. Lá em cima, no ar, a azafama, o alvoroço, era enorme. A meia dúzia de aeronaves tentava, a muito custo, bombardear as endominhadas chamas. Era o Inferno na Terra.

Tentanto esquecer o que se passava, embrenhei-me no meio de um dos últimos paraísos do Dão, onde a Tinta Pinheira reina, ainda, a seu belo prazer.

Ao som das hélices, dos motores, das aterragens e deslocagens, das serines, fui engolindo vinho. Vinho, esse, sem maquilhagem, nascido ali ao lado. Pura terra e paixão de homem enfiados num copo.

Comentários

Conde das Barrocas disse…
A nova foto está óptima, que prazer em contar com mais um monarquico.