Cortes de Cima (Alentejo) Aragonez Colheita 2004

Não sou um consumidor assíduo dos vinhos deste produtor alentejano. Na realidade, apenas 2 ou 3 caíram no meu copo. Nunca tive muita inclinação para gastar alguns euros com eles. No entanto, percebo a razão porque são consumidos em larga escala e a facilidade com que são aceites lá fora. A receita foi bem estudada e é aplicada com sucesso. Os consumidores sabem ao que vão quando abrem uma garrafa de Cortes de Cima. Sabem que é um produto constante, de fácil empatia e resultado quase garantido. Estou a descontar, neste momento, os gostos pessoais (que não andam por estes lados).


Passados alguns meses, desde que comprei e bebi o último vinho, arrisquei, com o Aragonez.
Aroma de fruta doce. Amoras, framboesa e morango maduro. Limpo, moderno e suave. A madeira surgiu num registo correcto. Enriqueceu o vinho, dando-lhe um pouco mais de tempero e evitando, deste modo, uma entrada antecipada naquela rota monótona. Café e tosta. Um pouco de chocolate com leite (pouco carregado). Tudo sem arestas, sem esquinas, redondo.

Bebe-se bem e ele escorre pela garganta sem quase se notar. Pessoalmente gostaria que ele tivesse mais tanino e mais acidez. Mas tem tudo o que o consumidor pretende.
Parece-me que possui um preço algo desajustado (chega a custar quase 15€ em alguns sítios) e necessita, urgentemente, de ser bebido (provavelmente não valerá a pena guardá-lo por mais tempo). Nota Pessoal: 14,5

Comentários

Anónimo disse…
Boa tarde,

Para continuar o que acabei de ler... não sou daquelas pessoas que gostam de gastar por gastar, mas quando se fala se bom Vinho Tinto! eu pago.
Hoje bebi uma reserva Aragonez 2004!