Adega de Pegões Colheita Seleccionada (Branco e Tinto)

Vou rematar rápido nas apresentações. Estamos perante uma dupla de vinhos bem conhecidos do consumidor (mais ou menos apaixonado). Representam, em muitos aspectos, o que pretendemos de um vinho para todas as ocasiões, com várias facetas e objectivos. São capazes de agradar ao enófilo mais experiente e ao enófilo menos experiente. Serão, provavelmente, raros aqueles que farão caretas de desaprovação. Depois as suas tiragens são enormes. É obra!

Adega de Pegões (Terras do Sado) Branco Colheita Seleccionada 2007
O lote, agora, surge sem a casta Pinot Blanc. Apenas Arinto, Chardonnay e Antão Vaz. Está cheio de fruta madura, conseguindo apresentar fruta de cá e de lá (dos trópicos). Pêras e melão misturavam-se com o ananás e manga. Tudo bem feito, tudo limpo e directo. Uns gomos de laranja deram-lhe um ar mais rico. A madeira parecia-me mais discreta que em colheitas anteriores (tornando-se numa vantagem). Deu apenas sinais (quando a temperatura aumentou) através da baunilha e das avelãs. Mesmo assim sem conseguir incomodar por ali além. Existia aparente equilíbrio entre a fruta e ela.
Sabor fresco e frutado. Comportamento redondo e saudavelmente vivo. Baunilha e suave gordura marcavam o final. Tudo sem arestas e pronto a beber. Preço abaixo dos 3€. Nota Pessoal: 15

Adega de Pegões (Terras do Sado) Tinto Colheit
a Seleccionada 2005
Os aromas eram de fácil empatia. Agradaram logo à primeira vista. Conseguiram-se desdobrar em flores, em especiaria, café moído, cacau em pó e em sugestões balsâmicas. Tudo na devida proporção e com alguma complexidade aromática.
Na boca confirmou o equilíbrio. Carnudo e mastigável. Talvez ainda um pouco jovem, mas sem agressões, mostrando ser um vinho muito certo e bem feito. Os taninos estavam vivos, conferindo uma secura agradável nas gengivas. Final de boca médio, mas suficiente. Preço abaixo dos 6. Nota Pessoal: 15,5

São vinhos que podemos chamar de modernos e atraentes (como quase todos os vinhos saídos desta Adega Cooperativa).
Com estes preços pedirmos mais será, provavelmente, um abuso. Devemos é reflectir e muito sobre os outros que custam dez vezes mais e são incapazes de satisfazer na mesma proporção.

Comentários

JSP disse…
«Devemos é reflectir e muito sobre os outros que custam dez vezes e são incapazes de satisfazer na mesma proporção.»

Verdade, verdade!
Luis Prata disse…
O branco é daqueles que tento ter sempre umas garrafas em casa para o que der e vier. É um bom branco, e barato, não envergonha ninguém! Costumo comprar no Jumbo onde estão sempre a bom preço. Abraço
Anónimo disse…
O branco é o preferido do nosso grupo, sempre presente quando se pede um branco do estilo mais inverno e com comida por perto.
Lousa Clube Gourmet.
J.B.
Anónimo disse…
Ora bem, como o algodão, não enganam.
Exemplar a última frase. Assino por baixo.
Abraço
Anónimo disse…
Este é o meu vinho de 2011, é dúvida nenhuma uma preciosidade!Eu atribuiria 16 sem nenhum tipo de dúvida ou desconforto!Este vinho podia vender-se de 5€ para cima, e talvez fosse mais valorizado. esperemos que não. Enquanto isso é comprar umas caixas para ter em casa.