Quê? Espumante Quinta do Barranco Longo?

Independentemente daquilo que achamos, é assinalável a dinâmica que o produtor Rui Virgínia imprime na produção de vinhos no Algarve. A Quinta do Barranco Longo é, para mim, um autêntico caso de estudo numa região que parece continuar presa ao betão armado. Sabemos que esta parte do país está longe de ser conhecida pelo seu vinho.

Depois de brancos, tintos, rosés, varietais, surge-me pela frente um Espumante Rosé de 2005. Um espumante (feito com Touriga Nacional) de cor carregada, com tonalidades aparentemente distantes das que habitualmente aparecem em rosés similares. À primeira vista podíamos-nos enganar e dizer: espumante tinto.

Os cheiros lembraram morangos e framboesas. Provocam estímulos silvestres, frescos. Uma ponta de menta tentava dar mais nervo. De grosso modo, as coisas andaram de volta disto.
Na boca, pareceu-me sentir correspondência com aquilo que foi cheirado. A bolha estava um pouco grossa, a necessitar de mais afinamento, maior polimento. Tirando este aparte (importante), tinha ali um vinho que se bebe com prazer e sem desprimor. Para início, não está nada mal. Nota Pessoal: 13

Post Scriptum: Uma nota para o nome e para a garrafa. A dizer que foi idealizado para provocar o consumidor. Quê? Um Espumante do Algarve? Claro.

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